quinta-feira, 24 de novembro de 2016
Novos conceitos de super alimentos, baseados em sementes, ganham força no mercado global
As sementes antigas, ricas em nutrientes, estão retornando ao mercado com força total. As mais tradicionais, como quinoa, amaranto e chia, já figuram no ranking dos super alimentos e começam a ser usadas no lançamento de produtos. Mas o que há por trás deste boom e o que precisa ser considerado no envase dessas bebidas com grãos nutritivos?
Não são apenas os vegetarianos que gigantes como o McDonald’s buscam atingir com opções sem carne. Em todo o mundo, mesmo as pessoas que consomem carne estão desenvolvendo um apetite especial por alimentos baseados em vegetais, com valor nutritivo que garanta benefícios à saúde. E estas pessoas buscam novas experiências em alimentos e bebidas e padrões mais altos de consumo. Elas prestam atenção especial à saúde e bem-estar como uma das mega tendências. Qualquer que seja o conceito nutricional que a pessoa busque – em qualquer tipo de dieta cujo foco seja a saúde – o consumo de carne é restrito a produtos orgânicos de alta qualidade ou, como alternativa, proteína vegetal. Neste cenário, as sementes com alto valor protéico, provenientes de plantas antigas, podem ser a saída. O próprio McDonald’s já esta recheando seu Veggie Clubhouse Burger com uma pasta feita de quinoa e pimentão assado, ao invés de carne moída.
A quinoa é originária da América do Sul, e os Incas, no Peru e Bolívia, usavam-na como um alimento base há 6 mil anos. Ela pertence à mesma família de plantas como beterraba, espinafre e acelga. A quinoa, como semente, pode ser usada e preparada na forma de grãos. Mas ela não é um grão e não tem glúten. Além disso, as sementes de quinoa são ricas em nutrientes como ferro, magnésio e cálcio e são uma boa fonte de antioxidantes e proteína. O teor de proteína é cerca de 15% maior que o dos grãos convencionais como trigo, cevada e aveia. A proteína da quinoa contém todos os amino ácidos essenciais que o corpo humano não pode produzir e que devem estar na dieta.
O amaranto é semelhante à quinoa em valor nutritivo, mas também não é um grão. Ele faz parte da família das fedegosas e é uma das plantas mais antigas – a evidência mais antiga data de cavernas de 9 mil anos em Tehuacán, México. O amaranto também é livre de glúten e tem alta concentração de cálcio, ferro, magnésio e proteína, além de amino ácidos essenciais e ácidos graxos insaturados.
Mas o top na lista de sementes livres de glúten é a Chia. Os maias veneravam os grãos da chia e aproveitavam as propriedades de seu óleo. Hoje a venda de sementes de chia no mundo é enorme – de acordo com a Mintel, uma das principais agências de inteligência de mercado do mundo, o consumo aumentou 118% entre 2012 e 2015. As sementes de chia têm uma densidade energética muito alta e têm cerca de 20% de proteína – que é quase o dobro do teor de proteína da aveia, cevada e trigo. A chia também tem um alto teor de magnésio, cálcio e fibra e contém uma grande quantidade de Ômega 3 e anti oxidantes.
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